Meio&Mensagem

Fernando Murad
9 de janeiro de 2019 - 5h15

Julia Boorstin, senior media & entertainment correspondent da CNBC; Martin Sorrell, executive chairman da S4 Capital; Wesley ter Haar, cofundador da MediaMonks; e Pete Kim, CEO da MightyHive (crédito: Fernando Murad)

Após deixar o comando do WPP e retomar sua trajetória na indústria publicitária, Sir Martin Sorrell analisou o mercado e identificou as três áreas de maior crescimento e nas quais investiria: first party data, conteúdo digital e mídia programática. Assim, assumiu, no ano passado, o controle da produtora de conteúdo digital MediaMonks e da consultoria de mídia digital e programática MightyHive.

“Controlar a relação com o consumidor é absolutamente crítico. O avanço de Amazon, Google e Facebook, que dominam a publicidade na internet em pesquisa e social, nos obrigou, donos de marcas, indústria, distribuidores, varejistas, a investigar e desenvolver o relacionamento com o consumidor, e os dados impulsionam esse conteúdo digital”, disse.

Num cenário em que a necessidade de experimentar, improvisar e mudar é mandatória, ser mais rápido, melhor e mais barato é a solução, segundo Sorrell. “Estamos no estágio inicial de construir uma estrutura unificada. A estrutura das holding tende a ser, por razões compreensíveis, muito fragmentada e num mundo em que os clientes querem mais rápido, melhor e eficiente, eles querem que a agência, rede ou consultoria atue de forma unificada”, diz.

“A fragmentação é um inimigo da velocidade. Temos a oportunidade de readequar criatividade e mídia com a ajuda da tecnologia. As pessoas esperam relevância. Precisamos conversar com cada pessoas de forma individual”, complementou Pete Kim, CEO da MightyHive .

Na estrutura de negócios da S4, a empresa assumiu o controle da MediaMonks e da MightyHive pagando metade em dinheiro e metade em ações, o que deixou todos os executivos, segundo Sorrell, com significativo interesse econômico assim como profissional no sucesso da companhia.