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O que os CMOs deveriam perguntar sobre IA

Segundo executiva da MediaCom, é difícil diferenciar o que é inteligência artificial e o que é apenas um bom algoritmo


10 de janeiro de 2019 - 3h00

Por Brian Braiker, do Advertising Age*

Um memorando para profissionais de marketing: inteligência artificial só é tão boa quanto o engenheiro que a criou. Assim adverte Deirdre McGlashan, diretora global de digital da MediaCom, que conversou com o Ad Age durante a CES, em Las Vegas.

McGlashan recomenda executivos a prestar atenção aos preços e as funcionalidades das soluções de IA (Crédito: Hitesh Choudhary/Unsplash)

“Todo mundo está preocupado com o exército de robôs chegando e criando um cenário do dia do juízo final. Mas eu acho que o risco real está em não entender quais são os dados de que se alimenta os produtos com inteligência artificial”, diz Deirdre . “Como seu aprendizado foi supervisionado? Quão grande e profundo foi o conjunto de dados ao qual a IA começou e quantos conjuntos de dados ela tem acesso agora? Sem essa amplitude e profundidade você corre o risco de criar um viés inconsciente nessas novas máquinas e isso pode ser muito perigoso para nós”.

“Ficamos pensando que a inteligência artificial está distante, mas ela já se infiltrou em nossas vidas”, diz a diretora global de digital. “Está em diversas partes da infraestrutura que nós usamos e não sabemos: desde ferramentas de recomendações em lojas online até o tráfego aéreo que orienta os aviões”.

Ainda assim, apesar de sua onipresença, as incertezas em torno da IA — como afirmar se é algo “real” e como a diferenciar de um simples algoritmo? Sistemas de inteligência artificial são frequentemente construídos a partir de uma série de algoritmos complexos que são, eles mesmos, conjuntos de instruções para um computador seguir. “As vezes é muito difícil dizer a diferença entre um algoritmo bom e um sistema de inteligencia artificial”, conta a executiva.

Faria bem a profissionais de marketing que procuram soluções saber a diferença, embora apenas até certo ponto. “Isso faz o que você quer que faça? Você está pagando um preço alto por conta da palavra inteligência artificial? Porque se você estiver, então você tem que ter certeza de que é IA. Mas se a solução está fazendo o que você precisa e você não está pagando caro, então faça uso da ferramenta”, aconselha Deirdre.

* Tradução: Thaís Monteiro

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