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A década do mobile no centro de tudo

Já pensou sentar com outras pessoas em uma mesa virtual e interagir com elas, como se todos estivessem em um mesmo local? Isso acontecerá na próxima década, segundo especialistas


2 de janeiro de 2020 - 19h38

(Crédito: Jakub Gorajek/unsplash)

Quando a CES se aproxima bate aquela ansiedade de ver as novidades: o drone que faz entregas na sacada do apartamento, o robô que pode preparar o café da manhã, os óculos virtuais que vão mudar a maneira como interagimos com o mundo real. Ao mesmo tempo, ao ler a agenda de 2020 vemos vários temas que já haviam sido discutidos previamente como 8K, 5G, wearables, telas dobráveis, carros inteligentes e por aí vai. De forma alguma isso gera decepção, pelo contrário. A transformação tecnológica vem, sim, através de inovações disruptivas, sem dúvida, mas depende igualmente da “adoção” dessas inovações, o que demanda tempo e consistência.

No Google passamos grande parte do tempo ajudando nossos clientes a adotarem e otimizarem tecnologias já existentes, não só falando das novidades do ano. As grandes transformações são aquelas que conseguiram atingir escala, com adoção acelerada e viabilidade econômica. Minha expectativa sobre a CES esse ano reside nos debates sobre como podem ganhar escala e mudar nossa vida tecnologias como 5G, machine learning, computação em nuvem, “super telas” e carros autônomos, ganhando escala em seu uso, seja em 2020, seja no decorrer da próxima década.

Durante uma imersão na China ano passado, organizada por uma escola de negócios em Pequim, ficou claro para mim que uma das chaves do sucesso da economia digital por lá vem dessa “escala com velocidade”, criando efeitos de rede que se retroalimentam, como por exemplo os super apps e meios de pagamento via QR code. Chegou a vez do 5G surfar a onda da escala com velocidade (vale o trocadilho!). O mobile, que a cada dia ganha mais protagonismo aqui no ocidente, já está no centro de tudo na China: o singles day desse ano, por exemplo, teve mais de 90% das vendas ocorrendo em celulares.

No Brasil, embora ainda tenhamos um longo caminho a percorrer na agenda do 5G, o smartphone representa a maior mudança de comportamento já vista, democratizando a internet com seu acesso fácil e imediato, usado hoje por mais de 70% dos brasileiros. Olhamos para o celular mais de 150 vezes todos os dias; não à toa o evangelista-chefe de Brand Marketing do Google, Gopi Kallayil, o apelidou de 79º órgão.

Construindo em cima desse comportamento que já é realidade, o 5G trará um novo patamar de experiências, criando uma realidade de interatividade nunca sonhada, em tempo real e que virá para ficar. Já pensou sentar com outras pessoas em uma mesa virtual e interagir com elas, como se todos estivessem em um mesmo local? Essa forma de “teletransporte” vai acontecer na próxima década segundo especialistas.

Se por um lado implementar 5G num país de dimensões continentais como o Brasil não acontece da noite para o dia, por outro, hoje já temos uma grande variedade de opções a disposição das empresas para engajar pessoas usando tecnologias atuais. E não faltarão dicas na CES para quem quiser acelerar essa evolução e não ficar para trás. Um track dedicado a Comunicação, Conteúdo e Entretenimento promete debater em profundidade os efeitos dessa mudança do consumidor para marcas.

A comunicação digital agora é mainstream e passa se chamar simplesmente Comunicação. A sessão “O Futuro do Marketing Data-Driven”, por exemplo, abordará formas de construir estratégias que protejam os consumidores e ao mesmo tempo continuem gerando crescimento para marcas através do marketing de precisão. Storytelling na era da tecnologia também será um tema recorrente, destacando novas formas de distribuição e geração de conteúdo. Teremos ainda sessões mais específicas para o varejo, retratando os novos paradigmas de consumo online e do efeito online nas lojas off-line.

Sem dúvida, a CES é palco de grandes ideias, lugar para sonhar longe e pensar grande, mas também para resolver grandes problemas do agora. Tudo leva a crer que será um marco de grande inspiração para a década à frente, quando o mobile será de todos, por todos e para todos.

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