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CES: a palavra do dia foi dados!

Ficou claro nas palavras dos diversos especialistas que a captura de dados já é uma realidade no mundo inteiro, mas a gestão e a monetização ainda não são


8 de janeiro de 2020 - 16h34

(crédiot: Markus Spiske/unsplash)

Dados. Se eu fosse escolher um assunto que mais dominou as apresentações e os painéis que participei nos primeiros dias de CES, sem dúvida nenhuma, seria dados. Eu sei que, no Brasil, falar deste tema é algo recorrente em reuniões e eventos de tecnologia, mas, na CES, o foco foi outro: sobre como usá-los e monetizá-los. Ter a informação nas mãos de nada serve se não soubermos aplicar essa inteligência de forma estratégica. Fui surpreendido ao notar que esse também é um dos principais desafios compartilhados por empresas, representantes do governo e diversos players de tecnologia nos EUA, Ásia e na Europa. Achava que estavam na nossa frente. Estava enganado.

Ficou claro nas palavras dos diversos especialistas que a captura de dados já é uma realidade no mundo inteiro, mas a gestão e a monetização ainda não são. Surge, então, uma grande oportunidade de parceria entre as corporações privadas, os governos e as startups.

Quando perguntados sobre qual, então, deveria ser o caminho, a resposta era categórica: olhem para os seus consumidores. Se a informação que você tem não servir para solucionar um problema, então você pode estar perdendo chances preciosas de explorá-la em sua potência máxima, dentro das possibilidades legais. Dado é agente. Dado é ação. Dado é experiência. Ou seja, dado tem caráter transformacional e não pode ser apenas tratado como uma moldura que segura uma figura, uma fotografia ou um perfil.

A Internet das Coisas também foi levantada como uma grande aliada na forma como usamos os dados. Ou melhor, na CES, o conceito de IoT parece ter caído. A palavra agora é Inteligência das Coisas, afinal, os devices não estão apenas conectados à internet. Eles pensam, criam, evoluem. O machine learning é um exemplo de como os dados podem agir e transformar. Basta se atentar para a evolução das assistentes pessoais e dos smart devices, que aprendem novas atividades todos os dias e deixam de apenas serem usados para tocar músicas. Esses aparelhos estão resolvendo problemas de seus donos e ganhando cada vez mais espaço na vida e no consumo da população. Enfim, vemos que o que parecia apenas uma promessa, se tornar uma realidade.

Acho a provocação válida: vocês estão sabendo usar os dados sob seu controle? Eles te mostram quem são seus consumidores ou dizem o que eles realmente precisam?

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