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Cidades inteligentes na ordem do dia

Os Jetsons vivem em 2062. Devemos experimentar a vida nesse ambiente antes disso.


9 de janeiro de 2020 - 13h03

Há algum tempo, a única imagem que tínhamos de cidades inteligentes era a representação do desenho animado Os Jetsons, criado em 1962. Hanna-Barbera fez sucesso com a proposta de mostrar como seria a cidade do futuro, em que robôs, carros voadores e cidades conectadas tornariam a vida das pessoas mais fácil. Ela só errou a data. Os Jetsons vivem em 2062. Devemos experimentar a vida em cidades inteligentes antes disso.

Não que os desafios sejam poucos. A tecnologia é apenas um componente. Como integrar necessidades e interesses de uma dezena de indústrias – indústria automobilística, varejo, transporte e logística, por exemplo – e governos é uma pauta que aquece as mesas de discussões. Como proteger dados num mundo que precisará deles para operar com eficiência? Como gerenciar um novo marco legal para lidar com as novas situações que viveremos? Como financiar toda nova tecnologia para que ela não divida ainda mais o mundo entre aqueles que têm “acesso ao futuro” e os que não têm?

Vou concentrar esse artigo na questão automotiva.

Há um espaço dedicado na CES para cidades inteligentes. E outro dedicado à indústria automotiva, que há cinco anos era bastante tímido. Os espaços, como era de se esperar, se conversam. Pelo menos três empresas mostraram seus protótipos de carros voadores, uma delas com lançamento nos próximos dois anos.

A Toyota mostra sua ideia de “cidade entrelaçada” (Toyota Woven City), com a primeira fase já para 2021, numa proposta de ambiente ideal para estimular as pesquisas e os testes de novas funcionalidades de robôs, veículos e outras soluções para que as pessoas vivam melhor. E duas mil pessoas poderão experimentar isso na prática, vivendo aos pés do Monte Fuji, onde ela será construída.

A Deloitte apresenta o resultado recente de uma pesquisa feita com 35 mil pessoas no final de 2019 avaliando os aspectos mais importantes das tecnologias que estão por vir, centrado nas expectativas dos consumidores. Entre os achados mais importantes estão: O interesse pelos veículos elétricos continua a crescer no mundo todo, a percepção de segurança sobre veículos autônomos ainda divide opiniões (nem todo mundo está disposto ainda a deixar sua vida nas mãos das máquinas), mobilidade que conta com múltiplos modais ainda é um desafio (não queremos abrir mão do que consideramos conforto). Ainda temos desconfiança sobre o gerenciamento de dados (a gente é bem louco mesmo… olha a quantidade de dados que a gente já oferece por aí, mas fica a dica que será necessário muito mais que isso).

Desafios colocados à mesa. Agora é apertar os cintos e desejar uma viagem tranquila.

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