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Rumo à total conexão

As smart cities e smart houses da CES


10 de janeiro de 2020 - 17h43

Robô da P&G ajuda quando o banheiro fica sem papel (crédito: Rafael Barreto)

É dia de fazer um tour pelos estandes com soluções para transformar as cidades em mais inteligentes, e conectar cada vez mais cada parte de nossas casas. Olhem só os destaques dessa edição:

Com toda a energia
Se no setor automotivo vimos que os carros elétricos já são mainstream e devem tomar as ruas nos próximos anos, como uma cidade deve se preparar para essa mudança brusca em termos de fonte de energia? Na CES pude ver várias empresas com soluções de recargas para carros – inclusive a Enel levou ao saguão soluções de recarregadores para se ter em casa. Quando se fala em smart cities prontas para as mudanças de mobilidade, é natural ver que as empresas estejam se mexendo para apresentar soluções para distribuição de energia para tantos devices e equipamentos. Aqui também já estão sendo pensadas as experiências do consumidor nos novos postos de recarga.

Sempre acompanhado
A Samsung deu o que falar quando apresentou sua “bola de tênis” inteligente, a Ballie: uma espécie de Alexa móvel. O aparelho segue o morador da casa durante os afazeres diários, dando suporte nas mais diversas tarefas e conecta aparelhos Samsung – por exemplo, quando você pede para reabastecer a geladeira e fazer uma lista de compras. Mais simples que isso, mas ainda relevante, consegue checar se sua lista de tarefas domésticas para o dia está sendo cumprida. O que fiquei com a pulga atrás da orelha aqui é: uma bola como uma assistente… numa casa com um cachorro? Funciona? Vale o teste. Também vale o pensamento aqui de que a Ballie faz aquilo que outras assistentes como Alexa, Siri já vinham fazendo… a diferença aqui é notar que surgiu do consumidor a necessidade da sensação de companhia, além da voz. Daí o sucesso da bolinha.

Alexa em expansão
No setor da Amazon – sim, porque é muito maior que um simples estande – as mais diversas aplicações e evoluções da Alexa. Neste ano, a novidade maior ficou por conta do primeiro carro a contar com a assistente pessoal: uma Lamborghini. O uso vai desde os básicos, como fazer ligação ou acionar equipamentos em casa, mas também tomar ações no carro, desde mudar a temperatura do ar condicionado a mudar música ou estação de rádio. A mudança traria, além de comodidade, mais segurança no trânsito, já que o motorista não precisaria mais tirar as mãos do volante para fazer várias coisas no momento que estiver dirigindo.

Um banheiro livre de problemas
Aqui a prova de que as casas já têm a possibilidade de estarem 100% conectadas hoje em dia. As assistentes pessoais te acompanham do acordar, pelas tarefas domésticas, trabalho e até… a hora do banheiro. Aqui na CES uma solução que vai agradar muita gente: a P&G trouxe um minirrobô que resolve aquele problemão de ir ao banheiro e perceber que não repôs o papel higiênico. Outra solução curiosa da empresa foi o detector remoto de odor do ambiente. Eles provaram o funcionamento mostrando avisos se o banheiro estaria apto ou não a ser usado. Engraçado, mas é a prova de que todos os gadgets e até mesmo sentidos estão conectados.

A cidade teste: Toyota anuncia empreitada ousada
Em termos de cidades-inteligentes, o anúncio com mais impacto foi o de que a Toyota deve construir uma cidade perto do Monte Fuji, no Japão, como uma espécie de laboratório para testar robôs, autonomia, soluções em mobilidade e conectividade. A Wolven City deve abrigar dois mil habitantes, entre pesquisadores, funcionários da Toyota com suas famílias, casais aposentados, varejistas, entre outros. A cidade deve começar a ser construída em 2021 e vai ser toda sustentável, além de prometer ser uma oportunidade perfeita de testar inteligência artificial conectada, carros autônomos, sensoriamento, e mais. Aceita mais um morador, Toyota?

Aliás…
Conta como morador ou não os seres humanos artificiais? Sim, porque tudo indica que os Neons devem habitar em cheio a Wolven City – eles, os Neon, novidade trazida pela Samsung Electronics. O Neon aprendeu, por meio de inteligência artificial, os movimentos e expressões dos seres humanos normais, e aos poucos vai se tornando cada vez mais capaz de compreender, reagir e conviver em nossa sociedade. No evento, foram apresentados de repórter de TV a professor de Yoga, mas apenas um foi desenvolvido completamente de forma artificial. Por enquanto, a novidade ficou puramente no visual – incrível, inclusive – e os próximos passos envolvem ultrapassar a barreira da linguagem, que deve ficar menos metálica e robótica. E aqui, pega fogo a discussão sobre o futuro do trabalho!

 

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