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O que esperar da CES 2020?

Minha expectativa é ver como as indústrias respondem à inquietação do público, criando mais experiências relacionadas à aplicabilidade da tecnologia as rotinas dos consumidores


2 de janeiro de 2020 - 19h57

(Crédito: Josh Hild/unsplash)

Para quem ainda não teve a oportunidade de visitar a CES (International Consumer Electronics Show), considerada a mais importante feira de eletrônicos do mundo, que acontece anualmente em Las Vegas desde 1967, um breve resumo. A feira se divide em alguns pavilhões que exibem as inovações nos eletrônicos, em suas mais diversas atuações – dentre as quais está o segmento de televisores, no qual atuo e sou aficionado, bem como inovações para as montadoras de veículos e seus respectivos acessórios, além de novidades em periféricos e acessórios.

Ao longo dos últimos anos, vimos alguns assuntos extremamente relevantes para o desenvolvimento da tecnologia, se destacando entre os temas principais dos exibidores, como por exemplo: o HDR (sigla que é acrônimo, em inglês, para High Dinamic Range) recurso que atua no ajuste de brilho, contraste e cor das telas; o IoT (internet das coisas) e não poderia deixar de citar a versatilidade do uso das telas OLED, que chamou a atenção em vários momentos, seja pela possibilidade de mesclar telas côncavas, convexas e planas para formar as atrações mais concorridas da feira nos últimos anos. Impossível esquecer o “Cânion” e posteriormente a “Cachoeira”, instalações gigantescas que utilizaram mais de 260 telas OLED com o objetivo de imergir o visitante em uma experiência única de imagem e som, seja pela inovação na aplicação da tecnologia, bem como design.

Os benefícios das telas OLED também chegam às casas dos consumidores com os modelos: Wallpaper (série W) – uma tela flexível e de impressionantes menos de 4mm de espessura, que dá a impressão visual de não haver uma TV na parede. E a mais disruptiva de todas, a TV enrolável, Rollable em inglês (série R) – uma tela com a capacidade de se desenrolar de sua base ao ser ligada, fazendo com que uma TV finíssima emerja para trazer ao espectador o máximo de qualidade de imagem, tecnologia e design. Para complementar a experiência, a base da TV enrolável também é um Sound Bar; tudo estrategicamente pensado para tornar esses televisores verdadeiros objetos de desejos.

Até então era muito raro algum tema ter conseguido a façanha de ser unânime dentre os pavilhões, até que a inteligência artificial chega para romper essa barreira, estimular o imaginário do público a respeito de quão abrangente pode ser essa tecnologia a ponto de tornar obsoletas atividades como dirigir, arrumar a casa, fazer compras, dentre outras. Quem vai à feira e tem acesso a essas novidades fica com uma pergunta martelando na cabeça: “O que o ser humano fará com seu tempo livre quando essa tecnologia for acessível?”.

Em 2019, já vimos ser possível transformar a TV na central de comando e entretenimento da casa, por meio da integração da Inteligência Artificial com assistentes pessoais, como o Google Assistente e Amazon Alexa. Já na edição de 2020 minha expectativa é ver como as indústrias respondem à inquietação do público, criando mais experiências relacionadas à aplicabilidade da tecnologia as rotinas dos consumidores.

Também estou ansioso para ver como o mercado de televisores expandirá seus horizontes em termos de resolução, com a ascensão da resolução 8K, que oferece resolução quatro vezes superior a resolução 4K, e passa a ser adotada por mais fabricantes em 2020, fomentando novos setores do mercado, dentro os quais estão os players de entretenimento via streaming, porto seguro para a popularização de novas resoluções.

Por fim, não vejo a hora de me surpreender mais uma vez com a versatilidade das telas OLEDs. Que a CES traga um futuro cada vez mais próximo novamente.

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