Meio&Mensagem

8 de janeiro de 2020 - 19h43

Tela 8k The Wall da Samsung (crédito: Rafael Barreto)

Diretamente de Las Vegas, pela segunda vez, vou trazer os highlights da CES, um dos maiores eventos de novidades tecnológicas do mundo. Já de cara dá para saber o que mais vamos ver por aqui nessa edição: telas, telas e mais telas – um dos assuntos mais quentes é a TV. Então, reuni as principais novidades quando se fala em televisores:

8k mainstream
Em todos os estandes foi possível ver exemplos do que vem sendo mais falado sobre o assunto: a resolução 8k. Não é exatamente novidade, principalmente na CES, mas aqui é confirmado que é a tecnologia que vai bombar e chegar às casas dos consumidores como substituição aos antigos 4k.

Por meio de recursos cada vez mais bem calibrados e eficientes, e com o poder da inteligência artificial, resoluções menores ficam adequadas ao padrão 8k sem maiores problemas. Lembro que há a promessa de transmissão da TV Digital brasileira em 4K ainda esse ano, o que facilita ainda mais o upscaling.

Se ainda não fosse esse o caso, pensando na reestruturação de hábitos de consumo de conteúdos em TV, que atualmente têm girado mais em torno de Youtube e serviços de streaming on-demand, esse não deveria ser um impeditivo na adoção das TVs 8k. O que pesa aqui deve ser o custo dessas tecnologias. Mas, na CES, fico com a sensação de que a tecnologia já virou mainstream, então pode ser – e torçamos – que essa tecnologia já venha a preços levemente mais acessíveis nesse próximo ano, atingindo um público maior.

MicroLED
O MicroLED, que já tinha aparecido na edição de 2019 de certa forma como protótipo, apareceu mais amplamente nas empresas esse ano já pronto para o mercado. Em modelos grandiosos – bem voltados à publicidade, por exemplo – e encomendas de tamanhos um pouco menores em resolução 4k, caberia tranquilamente em uma casa.

Basicamente, é uma evolução da OLED que, ao invés de usar materiais orgânicos na produção de luz, usa um material inorgânico, ou seja, maior vida útil do aparelho. Além disso, é superior ao OLED porque derruba a limitação de tamanho do aparelho, além de apresentar imagens mais brilhantes (de verdade, as cores são impressionantes!).

Por ser algo relativamente novo ainda, alguns desafios existem principalmente em relação ao calor que emana das telas.

Displays
A CES é sempre uma ótima oportunidade de descobrir novidades em displays das telas. E por todos os lados, de smartphones a TVs, a tendência é a tela flexível. Destaque para a Royole, empresa americana que trouxe em 2019 o tão comentado primeiro smartphone com tela dobrável. Nesta edição, ele surge com uma caixa de som com tela flexível em torno do aparelho e que se conecta à Alexa. A tela, inclusive, pode ser usada em videoconferências.

No estande da LG, nada de telas mirabolantes. A novidade foi televisores que desenrolam a partir do teto (em vez das apresentadas na edição anterior, que saíam do chão). A diferença é pequena, mas promete ajudar na instalação das telas finíssimas.

Tem também a incrível TV sem moldura da Samsung. Com o visual Infinity Design, a televisão tem apenas uma borda inferior e nenhuma outra, e apenas 15 milímetros de espessura. E as empresas continuam investindo na TV camuflada – pode virar uma obra de arte ao alterar o brilho e lançar mão de telas ou gravuras cada vez mais adequadas ao ambiente e ao gosto do consumidor.

Entretenimento de bordo
Carros e empresas de eletrônicos estiveram bem próximos esse ano. A começar pela Sony, que anunciou o protótipo de um carro elétrico, surpreendendo o público. Ele não deve ir a mercado, mas serviu como prova de como a empresa pode contribuir para a inovação no setor automotivo.

Em outros estandes me chamou atenção as demonstrações de como seria o carro do futuro. Sem motoristas, o que os passageiros poderiam fazer com esse tempo livre no trânsito nas cidades? Como será o consumo de entretenimento no carro autônomo? Essas são algumas das provocações que vi na LG esse ano, por exemplo. É sempre um sucesso esse tipo de instalação!