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Diversidade que motiva

A pluralidade da CES é combustível para pensarmos como tornar a vida mais interessante fora e dentro do carro


9 de janeiro de 2020 - 16h04

(Crédito: Alessio Lin/Unsplash)

A CES, durante quatro dias, vira o maior hub de tecnologia do mundo. É aqui que tanto as startups quanto as gigantes do ramo mostram o que elas prepararam para o ano. Por isso, o que aparece na CES vira tendência para os próximos meses. Ela é quase uma vitrine expositiva de produtos prontos para irem às ruas. Ela é uma conferência “prêt-à-porter”, pronta para usar. O que a gente vê pelos corredores hoje, daqui algum tempo, eu posso facilmente esbarrar na prateleira quando for comprar um brinquedo para o meu filho ou uma nova televisão. Esse ano a gente espera ser um pouco diferente e provocativo.

Todo esse imediatismo daqui se diferencia como a gente da indústria automotiva constrói as coisas. No nosso jeito, desenvolvemos com uma visão de longo prazo sem espaço para erros nos lançamentos. Então, participar desse evento é quase uma lição de casa, porque conseguimos ver o impacto que essas inovações causarão e as inúmeras experiências que podem surgir dessas trocas. É importante estar aqui para entender a vida fora do carro.

Ao dar uma volta pelos corredores, é fácil encontrar coisas como o teclado invisível da Samsung, a filmadora 4K da Panasonic que faz transmissão ao vivo e até a nova carne de porco feita somente à base de plantas pela Impossible Foods. Sabemos que tudo isso parece invenção de um episódio de Futurama, mas não é. É real. E expande as possibilidades de contatos com a tecnologia no cotidiano, tornando os consumidores seres cada vez mais plurais e responsáveis por exercerem inúmeros papeis no decorrer do dia.

Toda essa pluralidade de possibilidades encanta e é o combustível para pensarmos como continuar a tornar a vida tão interessante também quando se entra no carro. Não queremos que dirigir seja chato e desconecte o motorista de suas atividades. Desejamos que as experiências dentro do automóvel também sejam plurais e acelerem todas as conexões com os gadgets que ele já está acostumado a usar dentro de casa.

Por exemplo, quando falamos da automação da Internet of Things (IoT), a gente traz o assunto para a complexidade se tornando invisível e o benefício sendo evidenciando, as coisas acontecendo como um passe de mágica. Precisamos estudar e entender toda essa riqueza de trocas que já acontecem em muitas casas e trazer tudo isso para o nosso produto. Tornar o automóvel, cada vez mais, uma extensão ou uma ponte entre as diversas jornadas e experiências conectadas é o nosso to do imediato.

Inclusão
Recentemente, fechamos uma parceria superlegal com a Plug and Play powered by AmplifyD, plataforma global de inovação, com sede no Vale do Silício, para criar um centro de inovação em mobilidade em Detroit. A nossa ideia com essa união é incentivar ainda mais a movimentação inteligente casada com as inovações que vimos na CES feitas para as cidades inteligentes do futuro.

Já imaginou você acordar, pedir as notícias para o assistente de voz, tomar café e continuar a acompanhar o noticiário no carro? Sentar em frente ao volante já ser notificado sobre o trânsito e ele te indicar o melhor caminho com o uso de outros modais? Fazer parte do trajeto de bicicleta e ter outro carro ajustado com o seu perfil para continuar a viagem? É para esse mundo plural que olhamos. Repleto de mobilidade conectada e inclusiva.

Nas palestras que vimos por aqui e conversas com colegas, a inclusão tem sido um dos principais temas e olhamos com atenção para ele. Nessa parceria fechada há dias com a americana Plug and Play, a ideia principal é fortalecer o relacionamento com as startups de tecnologia, com ênfase naquelas que pertencem a mulheres ou minorias. Vamos acelerar tecnologias selecionadas por meio de colaborações inteligentes e estratégicas que promovam uma cultura diversa.

Como resultado dessa união feita aqui nos Estados Unidos e de parcerias que já estabelecemos no Brasil queremos amplificar as conversas e tecnologias inclusivas pensadas na concepção do Carro do Futuro. Serão assistentes de bordo pessoais, leitores de gestos e a dispositivos de comandos de voz pensados para todo mundo e integrados a uma nuvem que farão a diferença. Por isso, coisas que ouvimos direto na CES como 5G, iOT, Inteligência Artificial e
Nuvem passarão a ser palavras que usaremos até na fila do drive thru enquanto esperamos o lanche.

Todos esses avanços que vemos aqui nos impulsionam a construir soluções que reforcem a pluralidade do consumidor e tornem a experiência de entrar no carro algo prazeroso. Com tantos aprendizados que já tiramos aqui na CES, a maior lição é que precisamos pensar não só nas relações sociais que envolvam o carro, mas todas as outras. O automóvel não pode mais ser algo que só fica lá na garagem de casa, mas sim uma extensão da sala de estar.

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